
Especialistas afirmam que mulheres são as principais vítimas da Lesões por Esforço Repetitivo (LERs). De acordo com a fisioterapeuta Bruna de Souza Ferrari, isso ocorre porque geralmente as mulheres são mais atarefadas e preocupadas do que os homens. Elas acumulam diversas tarefas durante o dia, realizando atividades em casa, no trabalho e algumas ainda dispõem de tempo para se dedicar aos estudos.
A procura por auxílio médico ocorre, na maioria dos casos, no estágio 2, em que as dores se tornam frequentes mas regridem com repouso, o que não ocorre em etapas mais avançadas. A faixa etária mais atingida está entre 20 e 30 anos, como é o caso da dona-de-casa Karin Solano da Silva, que fez sua primeira visita ao médico ao médico aos 24 anos. "As dores começaram a aparecer sempre que terminavam os afazeres domésticos", diz ela.
Ao contrário do que muitos pensam, as lesões têm cura, porém "necessitam ser diagnosticadas nos primeiros estágios", explica Bruna.
Hoje, cerca de 60% dos casos em que são seguidas as indicações de tratamento há cura. Contudo, exige boa disciplina e condições pscicológicas favoráveis. Karin teve dificuldades para seguir o tratamento porque um dos procedimentos era a imobilização temporária de um dos braços, o que impossibilitaria a continuidade de suas tarefas - fato que a levou a não seguir as indicações médicas.
Para prevenir o surgimento das lesões, médicos indicam a realização de alongamentos diários para acelerar a circulação sanguínea e aumentar a quantidade de oxigênio disponível para os músculos.
Atualmente empresas incentivam a prática de exercícios dentro do ambiente de trabalho, a fim de minimizar os danos causados pela jornada de trabalho extensa. As principais ferramentas utilizadas são a ginástica laboral e um sistema de computadores que entra em modo de espera automaticamente para que a pessoa se exercite.